BIOPROSPECÇÃO: Abrindo um mundo de possibilidades para o desenvolvimento sustentável do Nordeste!
- NBioCaat
- 8 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de jul. de 2024
Compostos bioativos da biodiversidade da caatinga: inovação sustentável para a bioeconomia brasileira.
O Semiárido brasileiro (SAB) ocupa uma área de 980.134 km2, em um total de 1135 municípios e uma população estimada em 23.846.982 habitantes. Nessa região predomina o bioma caatinga, exclusivamente brasileiro, com grande diversidade de ambientes e vegetações, cujas espécies nativas e adaptadas a esse ambiente são de importância para o desenvolvimento econômico e social do SAB.
Estas espécies são fontes de compostos bioativos, promissores para obtenção de novos agentes cosméticos, antioxidantes (fotoprotetores), antimicrobianos, cicatrizantes, antitumorais e gastroprotetores naturais, entre outros, confirmando ou não sua atividade farmacológica utilizada popularmente, o que serve de base para o desenvolvimento de novas drogas com possível aplicação na prevenção e no tratamento de diversas doenças.
Os estudos deste projeto estão voltados para prospecção, isolamento, purificação e caracterização de biomoléculas vegetais as quais apresentam potencialidade em aplicações biotecnológicas.
A caracterização por técnicas moleculares, a busca por novos materiais de origem vegetal como fonte de novos medicamentos ou de alimentos funcionais e a caracterização da estrutura molecular destas moléculas contribuirá para o desenvolvimento biotecnológico da Região Nordeste.
Ciência na Caatinga: redescobrindo as riquezas e potencialidades do bioma exclusivamente brasileiro.
Constantemente associada à seca, à pouca biodiversidade e à pobreza, a realidade da Caatinga é, ao contrário, muito rica, possuindo valores ambientais, biológicos, econômicos e culturais relevantes para o país. Sendo um bioma bastante heterogêneo, a Caatinga apresenta riquíssima biodiversidade de flora e fauna, incluindo espécies endêmicas, o que lhe proporciona enorme potencial de exploração sustentável para fins nutricionais, medicinais, para alimentação animal, uso energético (lenha e carvão vegetal) e ornamental.
Nosso objetivo é incentivar a ciência além das grandes capitais, promovendo não apenas evidências científicas, mas também a valorização da cultura e identidade local das riquezas do Sertão e o protagonismo dos atores que residem nesta região. A realização de uma ciência móvel proporcionou de forma pioneira a possibilidade de desenvolvimento de cadeias ecoprodutivas com Agricultura de Baixo Carbono (ABC) em comunidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) utilizando plantas nativas da Caatinga com potencial alimentar, fitoterápico e cosmético.O projeto promoveu práticas sustentáveis de uso da terra e dos recursos naturais junto aos agricultores familiares e agroextrativistas. A exposição das oficinas proporcionou o compartilhamento de saberes entre os pesquisadores e os moradores locais, fornecendo informações importantes sobre suas atividades extrativistas (como a coleta de macaúba, babaçu, umbu, licuri e maracujá da Caatinga) e plantas com ação medicinal utilizadas nas comunidades tradicionais, como Angico, Umburana de cambão, Umburana de cheiro, Jatobá e Pau-ferro.
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